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Tecnologia RFID na Logística

A tecnologia tem sido uma opção bastante recorrente em todos os setores. Na logística, isso não seria diferente. Em todos os campos do mundo logístico, seja no estoque, no armazenamento, no monitoramento, na gestão, no controle de rotas ou de abastecimento, tudo depende ou funciona melhor, com o auxílio da tecnologia.

Recentemente, a tecnologia RFID tem se destacado e aumentado sua presença gradativamente no setor. Pois, embora as rotinas tenham sofrido alterações devido à pandemia, elas continuam demandando gestão e controle, e é neste ponto que a RFID se destaca.

Mas… O que é RFID?

A sigla em inglês quer dizer Radio Frequency Identification (Identificação por Radiofrequência). Esse mecanismo fornece meios de identificar individualmente cada produto, além de registrar as suas informações técnicas e permitir seu rastreamento.

O seu funcionamento depende de:

  • impressoras;
  • etiquetas anexadas aos materiais;
  • antenas e leitores posicionados estrategicamente;
  • sistema de gestão para o gerenciamento de dados.

Com isso, as bases necessárias para implantação dessa tecnologia são determinadas pelo empresa de logística.

As etiquetas fixadas nos insumos, produtos e embalagens têm componentes eletrônicos que registram o número de série, o modelo e os dados do fabricante.

Já o leitor é o instrumento utilizado para capturar os dados codificados pelas etiquetas. Assim, ocorre a leitura, o processamento e o armazenamento por meio do sistema utilizado.

A sequência do processo, requer a integração entre as ferramentas de controle de estoque, documentando, dessa forma, as entradas e as saídas.

Como utilizar a tecnologia RFID na logística?

A tecnologia pode ser usada para diferentes finalidades na cadeia logística, dependendo das principais necessidades e gargalos que cada empresa possui. Abaixo, você confere as principais aplicações da RFID.

Controle de estoque

As etiquetas inteligentes presentes em cada item permitem que os gestores tenham um controle preciso sobre todos os itens do estoque em tempo real. Além de obter a localização e a contagem exata dos itens de cada categoria, é possível garantir muito mais agilidade na contagem, já que o processo é feito de maneira automatizada. Dessa forma, elimina-se a necessidade de fazer balanços mensais manualmente e permite que os gestores tenham informações importantes para tomar decisões corretas e estratégicas.

Localização dos produtos

Com a tecnologia RFID, cada item é etiquetado e a sua localização monitorada em tempo real, já que a etiqueta é lida a cada milissegundo. Isso permite saber a localização exata e o posicionamento de um determinado item e, assim, determinar seu endereçamento. Os equipamentos de movimentação de cargas também são compatíveis com esse tipo de tecnologia. Na gestão de frota, é possível combinar a RFID com os sistemas de GPS para obter a localização em tempo real da carga transportada.

Cadeia de suprimentos

Na cadeia logística, os processos de compra, produção, vendas e transporte estão interconectados. Como a tecnologia RFID permite maior agilidade e segurança nos processos relacionados à movimentação de mercadorias, seus benefícios permitem melhorar a gestão de toda a cadeia de suprimentos, desde a chegada de matéria-prima, produção, separação de pedidos e entrega ao cliente final.

Existem desvantagens em utilizar o RFID?

Todos os sistemas têm os seus pontos positivos e negativos que devem ser levados em consideração antes da sua aquisição. Para o gestor que busca implementar uma nova tecnologia, é importante conhecer ambos os lados da moeda para tomar uma decisão baseada em dados concretos.

Inclusive, faz mais sentido buscar outras soluções do que insistir em uma ferramenta que não é compatível com o seu negócio e não será capaz de atender a sua demanda. Para tornar o processo de escolha mais transparente, listamos algumas desvantagens que podem ser observadas pelos usuários do RFID.

Custos elevados

A desvantagem apontada com maior frequência é a questão financeira. Isso ocorre porque os custos de instalação e manutenção são consideravelmente superiores se comparados a outras ferramentas.

A montagem da infraestrutura necessária para utilizar esse recurso também acrescenta ao valor final do produto. Uma vez que a empresa deve adquirir antenas, decodificadores e tags com microchip.

Variações no alcance das antenas

Imagine uma grande loja na qual são comercializados centenas de produtos diariamente. Com uma rotina atribulada, o gestor não pode se dar ao luxo de ter erros no registro das mercadorias em estoque.

Porém, essa situação pode ocorrer com a utilização da tecnologia RFID. Essa ocorrência tem grandes chances de vir a se realizar quando há o uso de materiais metálicos e condutivos no ambiente que podem causar interferências no campo magnético.

Como funcionam as etiquetas de RFID para logística

Existem dois tipos principais de etiquetas de RFID para logística, e vamos explicar agora quais as principais diferenças entre elas:

Etiqueta Passiva: Não emite sinal de rádio, apenas responde ao sinal que é emitido pela antena ou coletor de dados móvel com a captura RFID. Normalmente tem suas informações gravadas permanentemente de fábrica, porém algumas são regraváveis.

Etiqueta Ativa: Tem sua própria fonte de energia (bateria interna) portanto emite o sinal de rádio permitindo sua leitura a distâncias maiores; geralmente possuem uma capacidade de armazenamento de informações grande e seu encapsulamento pode ser feito para resistir a ambientes hostis.

Principais frequências das etiquetas RFID para logística

Etiquetas ativas: 

  • as frequências mais comuns são as de 433 MHz e 915 MHz.

Etiquetas passivas: 

  • Baixa frequência (entre 125 Khz e 134 KHz) – faixa de leitura curta, em raio de 1 a 10 centímetros, usadas no rastreamento de animais.
  • Alta frequência ( 13,56 MHz), faixa de leitura que vai de 1 centímetro a 1 metro utilizando tecnologia de campo próximo, conhecida pela sigla NFC, presente, por exemplo, em cartões de crédito e celulares. Usada também para aplicações que não requerem leitura de longa distância e demandam espaço de armazenamento no chip local. 
  • Ultra-alta frequência (de 865 MHz a 960 MHz), que podem atingir até 30 metros de leitura, dependendo dos leitores. São usadas em rastreamento de ativos, inventários e controle de acesso a eventos, por exemplo.

Qual a diferença entre o RFID e o código de barras na logística?

O código de barras já vem sendo utilizado em diversas aplicações desde a sua criação na década de 1970, nos Estados Unidos. Esse recurso você já conhece como um conjunto de 13 dígitos acompanhado de listras pretas e brancas de diferentes espessuras.

Ele é utilizado em etiquetas e nas embalagens de produtos variados, registrando dados como:

  • o preço de venda
  • a empresa fabricante
  • a descrição do produto

Já as etiquetas de identificação por radiofrequência utilizam um chip como mecanismo para arquivar as informações necessárias. Para realizar a leitura do código, não há necessidade de contato entre o leitor e a etiqueta. Esse fator garante maior agilidade na coleta de informações, e a distância não representa um obstáculo.

Embora sejam semelhantes, existem diferenças que tornam suas finalidades e impactos no negócio totalmente diferentes.

Portanto, todos os benefícios da RFID se traduzem em maior visibilidade logística, máxima produtividade e melhor qualidade operacional.

Esta tecnologia permite a interconexão entre os fornecedores, transportadores e produtores para que possam obter informações que lhes permitam tomar melhores decisões.

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